DOIS CAMINHOS
Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia
5 de junho de 2020
Bere Adams


 
Por um lado, neste Dia Mundial do Meio Ambiente (bem diferente dos anteriores), temos muito a lamentar. Apesar de todos os problemas enfrentados, cuidar, prevenir, preservar ainda é o melhor a fazer, porém, o imediatismo, o egoísmo e a intolerância, tiram das pessoas a sua capacidade de sentir, e engajam-se em correntes que percebem o cuidado com o meio ambiente como um entrave, uma ameaça, um estorvo, e o que é pior, o percebem – apenas – como um grande armazém de mercadorias – mas, aonde é mesmo que a vida acontece se não, neste ambiente? É lamentável ver tantas boas ações e boas ideias que estavam em prática, há anos, ruírem, num piscar de olhos. Ações, estas, que foram estabelecidas por pessoas, como eu e você, que almejam uma vida mais equilibrada e com mais sentido – um sentido que percebe além do imediatismo – ao invés de permanecer cirandando pela roda do consumo que criamos tão bem, mas tão bem, que dela poucos conseguem escapar.
Vivemos num tempo de tanto imediatismo que não se tem mais paciência para esperar uma semente brotar, uma árvore crescer, um fruto amadurecer, e é por isto que se tem a sensação de que os dias passam tão apressados, que nem percebemos o tempo passar.
E quando acontece algo tão significativo, assim como a pandemia, é lamentável que, mesmo assim, alguns preferem ficar buscando culpados, desenhando teorias das mais absurdas e obscuras, promovendo apenas mais confusão na cabeça das pessoas do que se posicionar em ações concretas para a resolução de problemas dela advindos. O que se ganha com isto? Aonde chegaremos com esta linha de não-ação e apenas discussões infundadas?

Por outro lado, neste novo Dia Mundial do Meio Ambiente (bem diferente dos anteriores), temos muito a comemorar. Apesar de todos os problemas enfrentados, cuidar, prevenir, preservar ainda é o melhor a fazer, e são inúmeras as pessoas que, mesmo diante do imediatismo, do egoísmo e da intolerância, seguem com garra a defender a vida pela sua capacidade de sentir-se parte do todo, deste ambiente único que favorece a vida. Com muito empenho e coragem, engajam-se em correntes que percebem com clareza a obviedade de que é no meio ambiente que a vida acontece. É por isto que este ambiente deve ser cuidado e preservado, para que a vida, como um todo, possa se perpetuar com mais justiça e equilíbrio. É maravilhoso ver tantas boas ações, boas ideias que persistem e resistem - e outras que nascem - neste mar revolto, e navegam, determinadas e valentes. Ações que são realizadas por pessoas como eu e você, que querem uma vida mais equilibrada e com mais sentido – um sentido que percebe além do imediatismo – ao invés de incentivar esta ciranda do consumo que criamos tão bem, mas tão bem, que fica difícil dela escapar.
Vivemos num tempo de tanto imediatismo no qual precisamos, com urgência, resgatar a paciência de esperar uma semente brotar, uma flor desabrochar, uma árvore crescer, um fruto amadurecer, e com isto podemos resgatar a consciência de integridade com o Planeta, consciência esta que perdemos quando nem sequer mais percebemos o tempo passar.
O Planeta Terra vem adoecendo, há muito tempo, e somente uma mudança brusca da nossa postura frente a ele é que será possível estancar a sua enfermidade.
Prova disto é que, quando as atividades humanas pararam no início da quarentena, em muitos lugares:
- o céu ficou mais azul
- águas tornaram-se cristalinas
- animais ressurgiram
- montanhas passaram a ser avistadas de muito longe
- ocorre a redução dos níveis de gases de efeito estufa
- ocorre a redução de resíduos industriais
- ocorre a redução de vários tipos de poluição, entre outras alterações.
E quando acontece algo tão significativo, podemos ver que estas mudanças no ambiente, embora temporárias, comprovam que nós, humanos, somos sim, o maior problema do Planeta. Novas ações são postas em prática - além das que já existiam e que conseguiram sobreviver - nos mais variados cantos do mundo, baseadas em teorias sólidas e evidentes.
O que podemos comemorar, também, neste Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia, é que, pelo menos por um tempo, o ambiente tem uma “folga” das ações humanas. Trata-se, portanto, de um momento único na história da humanidade, e propício para revermos o nosso papel frente à vida. E o que se ganha com isto? Aonde chegaremos com esta linha de cooperação, ação, renovação, mudanças?

Fica bem claro que temos dois caminhos a percorrer e aonde cada um deles nos levará. Fato é que não podemos andar, concomitantemente, por dois caminhos opostos, e a escolha pelo caminho que vamos seguir, depende basicamente e exclusivamente, de cada um!

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