Artigo de opinião De mulher para mulher
De mulher para mulher
Berenice Gehlen Adams
Quando o ano acabou, sabíamos que algo novo estava à nossa frente. Alguns esperançosos, certamente a maioria, outros com o “pé atrás” diante do que o horizonte político nos apresentaria. O ano-novo chegou, dando a largada para uma jornada política nacional que sinaliza uma virada, porque quem assume a Presidência da República é uma mulher chamada Dilma, Dilma Rousseff.
A mídia nacional (e internacional) está a bradar em manchetes diárias a posse de nossa primeira presidente mulher e a acompanhar os enormes desafios que se apresentam já no começo de mandato (por incrível que pareça, todos ligados à área ambiental): o impasse sobre a instalação de uma usina hidrelétrica que atingiria o coração da Amazônia, trazendo consequências ambientais inaceitáveis; as tentativas de reforma do Código Florestal, que da mesma forma que a construção da usina, ameaça o tecido da mãe Terra ao consentir ações predatórias em nome do capital; e a reconstrução das cidades devastadas pelas chuvas com a remoção da população que vive em encostas e locais de risco.
Não são pequenos os desafios que nossa presidente enfrenta, mas não são impossíveis. Basta dar um basta nesta ciranda governamental que vive reinventando a roda com o dinheiro público que não é aplicado para o que o seu maior público precisa para poder viver, e de forma sustentável. A Terra já está a mostrar seu poder regenerador. Ela apenas reage para fechar uma ferida aberta sem o menor cuidado.
A Terra é mulher e mãe que também nos acolhe, e se ela pudesse falar a Dilma, “de mulher para mulher”, certamente lhe pediria para que suas decisões lhe poupassem suas criaturas, seus rios, seus animais, suas florestas. Então, a resposta que cabe à sua filha, que ora é presidente, deveria ser a de tomar decisões que ajudariam a salvar seu povo, suas florestas, suas águas, suas terras. Esta, sim, seria uma verdadeira mulher a governar o País. E mais, começaria investindo pesado em saneamento e educação. Ou ficaremos todos órfãos?
Fonte - Jornal NH-RS 24.01.2011 p.12
Berenice Gehlen Adams
Quando o ano acabou, sabíamos que algo novo estava à nossa frente. Alguns esperançosos, certamente a maioria, outros com o “pé atrás” diante do que o horizonte político nos apresentaria. O ano-novo chegou, dando a largada para uma jornada política nacional que sinaliza uma virada, porque quem assume a Presidência da República é uma mulher chamada Dilma, Dilma Rousseff.
A mídia nacional (e internacional) está a bradar em manchetes diárias a posse de nossa primeira presidente mulher e a acompanhar os enormes desafios que se apresentam já no começo de mandato (por incrível que pareça, todos ligados à área ambiental): o impasse sobre a instalação de uma usina hidrelétrica que atingiria o coração da Amazônia, trazendo consequências ambientais inaceitáveis; as tentativas de reforma do Código Florestal, que da mesma forma que a construção da usina, ameaça o tecido da mãe Terra ao consentir ações predatórias em nome do capital; e a reconstrução das cidades devastadas pelas chuvas com a remoção da população que vive em encostas e locais de risco.
Não são pequenos os desafios que nossa presidente enfrenta, mas não são impossíveis. Basta dar um basta nesta ciranda governamental que vive reinventando a roda com o dinheiro público que não é aplicado para o que o seu maior público precisa para poder viver, e de forma sustentável. A Terra já está a mostrar seu poder regenerador. Ela apenas reage para fechar uma ferida aberta sem o menor cuidado.
A Terra é mulher e mãe que também nos acolhe, e se ela pudesse falar a Dilma, “de mulher para mulher”, certamente lhe pediria para que suas decisões lhe poupassem suas criaturas, seus rios, seus animais, suas florestas. Então, a resposta que cabe à sua filha, que ora é presidente, deveria ser a de tomar decisões que ajudariam a salvar seu povo, suas florestas, suas águas, suas terras. Esta, sim, seria uma verdadeira mulher a governar o País. E mais, começaria investindo pesado em saneamento e educação. Ou ficaremos todos órfãos?
Fonte - Jornal NH-RS 24.01.2011 p.12
Comentários