A violência na educação
A violência na educação
Berenice Gehlen Adams
De onde vem tanta violência nas escolas? Essa pergunta ecoa entre nós todos, porém, assim como é o próprio eco, como resposta escuta-se apenas a mesma pergunta, seguida de um silêncio assustador representado pela falta de providências.
Segundo noticiários e especialistas da educação, atitudes como agressividade e bullying estão aumentando drasticamente em escolas de educação de crianças e adolescentes, e evidencia o descaso instalado em nosso sistema educacional, no qual o professor perde cada vez mais a vez e a voz diante alunos que refletem comportamentos de famílias desestruturadas.
A violência na educação coloca em cheque não somente a vida de professores e alunos, mas a cultura de um povo, e a resposta que encontro a esta questão é a de que enquanto a educação não receber o valor que merece, a situação tende a piorar.
Tentando comprovar minha hipótese para além do óbvio, me apego ao exemplo que o Japão nos deu recentemente na situação catastrófica que vivenciou. Depois das fortes cenas do poder destruidor das ondas avançando sobre algumas cidades da costa japonesa, o que mais impressionou o mundo foi a organização deste povo, que apresentou uma reação exemplar diante a maior tragédia de sua história, o que foi motivo de destaque para centenas de artigos e matérias. Muitos destes artigos apontaram que se a catástrofe ocorresse aqui no Brasil haveria saques, roubos, pânico - porque na maioria das vezes é isso o que assistimos quando algo grave acontece em nosso País.
Não sou favorável a comparações entre culturas tão diferentes. Porém, o faço para salientar que o povo japonês agiu desta forma porque dá extremo valor à educação, haja vista que o único profissional que não precisa se curvar diante do imperador é o professor. Esta cultura compreende que em não havendo professores, não poderia haver nem imperadores, nem outros profissionais.
Fonte: Jornal NH/RS - 16/05/2011 p. 12
Berenice Gehlen Adams
De onde vem tanta violência nas escolas? Essa pergunta ecoa entre nós todos, porém, assim como é o próprio eco, como resposta escuta-se apenas a mesma pergunta, seguida de um silêncio assustador representado pela falta de providências.
Segundo noticiários e especialistas da educação, atitudes como agressividade e bullying estão aumentando drasticamente em escolas de educação de crianças e adolescentes, e evidencia o descaso instalado em nosso sistema educacional, no qual o professor perde cada vez mais a vez e a voz diante alunos que refletem comportamentos de famílias desestruturadas.
A violência na educação coloca em cheque não somente a vida de professores e alunos, mas a cultura de um povo, e a resposta que encontro a esta questão é a de que enquanto a educação não receber o valor que merece, a situação tende a piorar.
Tentando comprovar minha hipótese para além do óbvio, me apego ao exemplo que o Japão nos deu recentemente na situação catastrófica que vivenciou. Depois das fortes cenas do poder destruidor das ondas avançando sobre algumas cidades da costa japonesa, o que mais impressionou o mundo foi a organização deste povo, que apresentou uma reação exemplar diante a maior tragédia de sua história, o que foi motivo de destaque para centenas de artigos e matérias. Muitos destes artigos apontaram que se a catástrofe ocorresse aqui no Brasil haveria saques, roubos, pânico - porque na maioria das vezes é isso o que assistimos quando algo grave acontece em nosso País.
Não sou favorável a comparações entre culturas tão diferentes. Porém, o faço para salientar que o povo japonês agiu desta forma porque dá extremo valor à educação, haja vista que o único profissional que não precisa se curvar diante do imperador é o professor. Esta cultura compreende que em não havendo professores, não poderia haver nem imperadores, nem outros profissionais.
Fonte: Jornal NH/RS - 16/05/2011 p. 12
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