Sobre promessas e campanha eleitoral

Sobre promessas e campanha eleitoral

Política é um tema que normalmente evito, mas ando com esse assunto como uma pulga atrás da orelha. Nesta semana que passou tivemos o Dia Mundial sem Carros, e o resultado foi considerado um fracasso, além disso, passaram duas carreatas de campanha política por aqui.

Hoje, neste momento passa um carro de som com campanha eleitoral e só consigo perceber um barulho irritante. Será que vale sair pela cidade poluindo o ambiente de som e de promessas que na maioria não serão cumpridas? Promessas, outro ponto que a “pulguinha” volta a cutucar. Historicamente vemos sair governos que não cumpriram promessas. E nem por isso sentem vergonha, impressionante. Prometem que farão e acontecerão, e depois de eleitos dizem: “As condições nas quais encontrei os cofres do governo não me permitiram realizar o que eu tanto desejava”. Não compreendo uma política embasada em promessas que já sabemos, de antemão, que não serão efetivadas.

E o que dizer dos inúmeros projetos que são largados às traças quando os atores do governo mudam. É o investimento do nosso dinheiro indo por água abaixo quando programas são descontinuados. Todos reinventam a roda. As promessas deveriam partir do que está em andamento, possibilitando a continuidade do processo de construção do País, ao invés de cada governo desconsiderar o que foi construído para começar “algo novo”. Isto, em setores de produção, se chama “retrabalho”, ou seja, desperdício de tempo, dinheiro, mão de obra, material.

É também nesse período quando mais ouvimos falar dos excluídos, e que depois, no novo governo estabelecido, voltam a seus patamares mais excluídos ainda.

Lamentavelmente vemos perpetuar um sistema eleitoral que apresenta candidatos, com raras exceções, que só querem usar o poder público em seu favor, ridicularizando um povo sofrido e calejado. A campanha eleitoral virou gozação e desperdício de dinheiro. Duvida? Vá até o YouTube, na Internet, e procure vídeos sobre horário político.

Pelo menos os humoristas do País têm tido muito assunto para fazerem o povo rir de suas escolhas mal feitas.

Pergunta-se aos mais esclarecidos: “Em quem você vai votar?”. E recebemos como resposta: “Vou votar no 'menos pior'”. Que venham os “menos piores”, então, para nosso consolo!


Bere Adams
Fonte: Informativo Apoema 75 (SET/2010)

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