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Mostrando postagens de abril, 2011

Como se nada tivesse ocorrido

Como se nada tivesse ocorrido Berenice Gehlen Adams   Este ano nem bem chegou à sua metade e já esbanja uma gama de desafios, muitos de cunho intransponíveis: catástrofes naturais com consequências ambientais incalculáveis; trânsito que se mostra cada vez mais caótico; violências terríveis comprometendo a coletividade; e, números assustadores da produção de lixo que invade ar, terra e água, seja doce ou salgada. É! O ano de 2011 vem mostrando sua cara e sua coragem pelos acontecimentos que têm deixado o ser humano bem pequenino, tal qual somos, um minúsculo grão de areia. Porém, tudo permanece na mesma! Tudo permanece como se o problema das usinas nucleares do Japão não tivesse nada a ver com um tipo sujo de geração de energia; como se as montanhas de florestas que se desmancham - enterrando seres humanos com seus sonhos não tivessem nada a ver com ocupação urbana desenfreada; como se as usinas hidrelétricas nada tivessem a ver com mudanças climáticas; e, como se a criação

Consciência Terra

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Consciência Terra Berenice Gehlen Adams 22 de abril – Dia Mundial da Terra Vivemos graças a Terra! Então, somos todos seus filhos, e como filhos, talvez mimados e mal acostumados, por sua generosidade e abundância, adquirimos hábitos e atitudes que pouco a pouco foram prejudicando o Planeta. Mas, alguns poucos (Ainda bem!), deram-se conta disto. Os primeiros foram os ambientalistas (tão criticados ainda), na maioria biólogos, engenheiros das áreas ambientais e educadores. Depois deles, muitos outros, em movimentos sociais, pouco a pouco, passam a gritar pela Terra. Só o conhecimento gera consciência. Só a consciência gera sensibilidade, e da sensibilidade nasce a sabedoria. A educação, a ambiental (aquela que não reproduz os modelos insustentáveis), possibilita-nos compreender e perceber que é preciso mudar. E com esta percepção, cada um na sua área, redireciona sua vida através da criação de novos hábitos e do incentivo de novas atitudes. Se realmente somos

Consumo consciente e a Páscoa

Consumo consciente e a Páscoa Berenice Gehlen Adams Por todos os cantos surgem muitas campanhas que apelam para o consumo consciente, e é sobre este tema que me dedico para refletir. O consumo consciente é aquele que busca uma forma de consumo moderado, que garante suprir as necessidades básicas, que não esbanja, nem desperdiça, sendo importante optar por produtos que estejam inseridos em programas de qualidade ambiental que são produzidos e comercializados impactando o mínimo possível o meio ambiente. Entretanto, é preciso redobrar a atenção em relação a estes chamamentos ecológicos por parte de empresas para não cairmos em armadilhas criadas por uma nova ciência chamada neuromarketing. A bandeira do consumo consciente nos revela que estamos consumindo de forma inconsciente, e que esta forma de consumo se baseia na compra de itens supérfluos, desperdício de alimentos e recursos naturais como água e energia elétrica, e que não evidencia uma preocupação sobre o impacto que mu

Nós e o Planeta Terra

Nós e o Planeta Terra Por Vilmar S. D. Berna O que nos diferencia dos outros seres da natureza não é a inteligência ou a capacidade de ter emoções, de sentir prazer, dor, medo, de nos comunicar ou criar ferramentas, pois isso várias espécies também fazem em diferentes graus de eficiência. O que nos torna únicos é a consciência de nossa individualidade e, entre as consequências disso, está o sentimento de separação do mundo, dos outros, da natureza, pois se somos nós não podemos ser o outro. Ter consciência nos fez também ter subjetividade, um mundo interior, onde construímos e reconstruímos nossa visão de mundo, do outro, de nós próprios. Assim, embora a realidade seja igual para todos, a maneira de perceber, de encarar e interpretar a realidade muda de pessoa para pessoa. Isso nos obrigou a estabelecer parâmetros do que é aceitável ou não pela sociedade, pois apesar de separados dos outros e das coisas, enquanto seres sociais estamos ligados uns aos outros e tão dependen

Educação Ambiental requer mudanças no sistema de ensino

Educação Ambiental requer mudanças no sistema de ensino Berenice Gehlen Adams Meu interesse pela Educação Ambiental vem desde 1992, ano em que parei de lecionar para me dedicar à família e a outra atividade profissional. Uma profunda reflexão acerca da educação e do meio ambiente, primeiro como mãe, segundo como cidadã e terceiro como educadora, levou-me a este interesse. Quanto mais buscava e pesquisava, mais abrangente tornava-se o assunto. Foi então que percebi o porquê de a Educação Ambiental ser um tema tão envolvente e interdisciplinar. Passados praticamente 20 anos, os atuais sistemas educacionais ainda demonstram ineficiências, porque muitas crianças: continuam aprendendo a ser competitivas e consumidoras em potencial; têm medo de errar; memorizam conteúdos ao invés de assimilar e compreender; perdem o interesse pela escola; realizam atividades escolares sem motivação, etc. Isto acontece pela maneira como a escola está secularmente estruturada: para “cobrar” conheciment