Jogo de Educação Ambiental

Jogo de Educação Ambiental



Faz algum tempo que elaborei um jogo de Educação Ambiental para abordar assuntos de forma lúdica. O jogo, as brincadeiras são ferramentas importantes para verificarmos como andam nossos alunos em relação aos assuntos estudados, então, para quem ainda não conhece, segue a dica:

Jogo de Educação Ambiental "PARE E PENSE"!

Berenice Gehlen Adams



Regras do Jogo "Pare e Pense!"




Objetivo: incentivar a reflexão e a discussão sobre temáticas ambientais de forma lúdica.


Faixa etária: a partir de 10 anos.


Público: diferentes grupos de diferentes contextos. Se forem grupos grandes poderão ser feitos sub-grupos.


Referências: o jogo "Pare e Pense!" é uma adaptação do conhecido jogo "STOP", que é jogado com o auxílio de uma grade impressa com várias colunas para cada letra do alfabeto (com exceção das letras K, Y e W por serem pouco utilizadas em palavras da língua portuguesa). As colunas das letras do jogo "STOP" traziam: Nome, Cidade, Estado, Cor, Fruta, etc. Cada coluna do "Pare e Pense!" é relacionada a uma temática ambiental, e as palavras escritas para cada letra, nas colunas, deverão ser do contexto daquela temática para valer pontuação.


Material necessário: Cada jogador precisa de uma tabela e caneta ou lápis.


Desenvolvimento:


- Para iniciar a partida, um dos jogadores - a combinar pelo grupo - diz o "A" oralmente e prossegue recitando o abecedário mentalmente: B, C, D, E, ... e outro jogador - também previamente combinado -, em um determinado momento diz: "Pare e Pense!". A letra em que estava na seqüência mental é dita oralmente, e todos começam a preencher com palavras, as colunas daquela letra, assim que ela é pronunciada.


- O primeiro que concluir todas as colunas - podendo deixar algumas em branco, caso não encontre palavra com aquela letra para associar à temática - diz: "Pare!". Neste momento, todos devem parar de escrever, e um por um começa a dizer suas palavras e justificar por que. O grupo decide se a palavra associada vale pontos ou não, uma vez que ela deve ter relação lógica e fundamentada a temática.


- Cada palavra aceita, vale 10 pontos. Na última coluna vai a soma dos pontos.


- O mesmo procedimento anterior é feito para nova rodada. Caso caia na mesma letra, o jogador deve iniciar o abecedário até que o "PARE" indique nova letra. Como são muitas letras e toma muito tempo preencher todo o quadro, o jogo pode ser interrompido e retomado em outro momento até que se complete a tabela das letras e temáticas.


- Aqueles jogadores que deixaram colunas em branco podem preenchê-las posteriormente com palavras ditas pelos colegas, marcando uma estrelinha para indicar inclusão, após a rodada.


- Ao final, somam-se os pontos totais e tem-se o vencedor. Ter ou não essa pontuação pode ser opção do grupo, pois a idéia é fazer muitas associações e discussões sobre as temáticas abordadas.


- As regras devem ser previamente combinadas, pois a clareza é fundamental. Podem ser utilizados dicionários ou glossários de estudo antes das atividades.


- As temáticas podem ser escolhidas pelo grupo ou pelo/a monitor/a da atividade.



Bom jogo a todos!



Clique aqui para a TABELA do JOGO "PARE E PENSE!" com as temáticas definidas!




Clique aqui para a TABELA do JOGO "PARE E PENSE!" com colunas das temáticas em branco para serem escolhidas pelo grupo ou pelo/a monitor/a da atividade!




Berenice Gehlen Adams


Projeto Apoema - Educação Ambiental


www.apoema.com.br

Comentários

Anônimo disse…
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL QUE PRECISAMOS NO SÉCULO XXI



Uma frase ouvida recentemente de um ativista ambiental – “atuamos sobre os efeitos e não sobre as causas” – sintetiza a tendência de, para simplificar a discussão, optamos por não assumir a plenitude do discussão, relegando a uma posição menor a necessidade de encontrar soluções. Ou seja, “é melhor conviver com o problema do que gerar as soluções”.

Acredito que as duas frases é que definem, em relação à Educação Ambiental, a real necessidade de uma reflexão de alguma de suas bases.

Este contexto não é diferente em outros países (tomamos como base pesquisa que o NEPA realizou para a Associação Portuguesa de Educação Ambiental / ASPEA, comparando os resultados com pesquisa realizada para o MEC.

A proposta não está baseada em opiniões pessoais – em EA este tipo de postura vale muito, pois se admite “ter longa experiência na área” o que, em muitos casos, sem ter uma componente de “avaliação de resultados, fica restrita a “pensar que tudo vai bem, e não pode ficar melhor”.

A iniciativa do NEPA em “induzir uma reflexão sobre a EA do século passado e aquela que precisamos para o século XXI” tem nos revelado algumas resistências daqueles que partem do princípio que esta reflexão é um “processo de identificar e reconhecer falhas” e, deste modo, não tem interesse que isso ocorra. Entende-se esta “postura reativa”, mas a postura do NEPA deve ser entendida como de “aprimorar pontos” até hoje adotamos como paradigmas..
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Nosso grupo adota a postura de “sustentar posições” tendo como base dados pesquisados, e respeita as opiniões dos demais (não poderia ser diferente para quem pretende uma reflexão conjunta), mas que estas outras opiniões venham também lastreadas em fatos, de modo que seja possível comparar experiências em diferentes contextos.

Essa é uma postura que a sociedade não pode se negar a fazer sob pena de estar assumindo a idéia de que o princípio da prevenção não tem espaço no âmbito da Educação Ambiental.

Observando os valores financeiros alocados a Programas de Educação Ambiental ver-se – á que são valores altamente significativos, aportados pelos diferentes segmentos sociais, públicos e privados. Porém se, em contrapartida, tentamos identificar quantos destes programas tem propostas de avaliação de sua eficácia junto à comunidade ao qual o programa foi aplicado, teremos uma (também) significativa frustração.

Analisando pelos extremos, ou não há necessidade de “avaliar resultados de Programas de EA” ou está faltando que este aspecto seja obrigatório no processo de aprovação de tais programas.

Concordamos que os resultados de um programa dessa natureza só pode ser mensurados em um horizonte muito amplo de acompanhamento (gerações), mas não podemos aceitar que não se possa lançar mão de “avaliações em curto prazo” onde se tente mensurar a diferença – certamente positivo - entre o nível de percepção ambiental do segmento que irá receber o programa e aquele avaliado após sua conclusão.

Como, quase sempre, “o ótimo é o inimigo do bom”, não se aceita um encaminhamento “bom”, pois estamos à procura do encaminhamento “ótimo”, não se justifica..
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Vivemos tempos de um novo século, contexto que nos permite e exige a abertura das mentes para novas reflexões.

Já evoluímos muito na área da conscientização ambiental da sociedade, fato que se deve unicamente aos resultados da Educação Ambiental adotada no século XX, mas não há como prescindir da necessidade de reavaliar premissas, através de ações (boas e ótimas) que permitam estruturar um processo de avaliação contínua de resultados.



Roosevelt S. Fernandes
Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA
roosevelt@ebrnet.com.br

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